31/10/2008

TODOS NO DIA 8 DE NOVEMBRO

Declaração Conjunta – FENPROF - MOVIMENTOS
A Federação Nacional dos Professores, FENPROF, representada por alguns elementos do seu Secretariado Nacional, e 3 Movimentos de Professores (APEDE, MUP e Promova), representados por alguns professores mandatados para o efeito, reuniram na noite do dia 29 de Outubro de 2008, em Lisboa, com o objectivo de trocarem impressões sobre a situação que se vive hoje nas escolas portuguesas, as movimentações de professores que resultam da necessidade de enfrentar a ofensiva sobre a escola pública (e os professores em concreto) que este Governo continua a desenvolver e, concretamente - conforme constava da iniciativa que estes 3 Movimentos tomaram ao solicitar este encontro à FENPROF - , serem explicitados os motivos que levaram à convocatória de uma iniciativa pública de professores marcada para o próximo dia 15 de Novembro.
Em relação à análise da situação hoje vivida nas escolas portuguesas, às causas e objectivos dos grandes factores de constrangimento a uma actividade lectiva encarada e desenvolvida com normalidade, e à ideia de ser imprescindível pôr cobro de imediato aos principais eixos da política educativa levada a cabo por este Governo, verificou-se uma grande convergência de opiniões entre todos os presentes, nomeadamente quanto:
· à mensagem que é necessário transmitir, para todos os sectores da sociedade civil, de que a luta actual dos professores não é movida por meros interesses corporativos, já que reflecte antes uma profunda preocupação com o futuro da escola pública e com as condições indispensáveis a uma dignificação da profissão docente enquanto factor indispensável a um ensino de qualidade
· ao repúdio, veemente e inequívoco, deste modelo de avaliação do desempenho docente, à necessidade de incentivar e apoiar todas as movimentações de escola que conduzam à suspensão imediata da sua aplicação e à urgente perspectiva de se abrirem negociações sobre outras soluções alternativas, que traduzam um novo modelo de avaliação, tanto mais que sucessivos incumprimentos do ME do memorando de entendimento que foi forçado a assinar no ano lectivo anterior com a Plataforma de Sindicatos praticamente o esvaziam de conteúdo e a delirante investida na alteração da legislação sobre concursos mais não faz do que confirmar
. à recusa dos princípios fundamentais em que assenta o Estatuto de Carreira Docente imposto pelo ME aos professores, nomeadamente a criação de duas carreiras, a hierarquização aí estabelecida e os constrangimentos ao acesso e à progressão na carreira, apontando-se também a divisão arbitrária e injusta da carreira como um factor que condiciona e desacredita as soluções ao nível de avaliação do desempenho docente e não só, pelo que urge a abertura de processos negociais tendentes à sua profunda revisão;
· à rejeição de um modelo de gestão e administração escolares que visa, essencialmente, o regresso ao poder centralizado de uma figura que foge ao controlo democrático dos estabelecimentos de ensino e se assume unicamente como representante da administração educativa nas escolas.
Por último, os representantes das estruturas, assim reunidos, reafirmam a sua intenção de tudo fazerem no sentido da convergência das lutas, para incrementar e reforçar a unidade entre todos os professores e em defesa da Escola Pública.
Lisboa, 30 de Outubro de 2008
FENPROFAPEDE/MUP/PROmova

Citação

Post retirado de Profavaliação:

Vem em todo o lado. O Público dá-lhe um grande destaque. Se o ministério aceitar uma recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE), os alunos deixarão de reprovar na escola até que completem os 12 anos. A proposta, revelada ontem no “Diário Económico” baseia-se nas recomendações da OCDE.


No projecto de parecer “A educação das crianças dos 0 aos 12 anos”, o CNE sugere, em alternativa ao chumbo, “medidas eficazes de apoio”, como “intervenções aos primeiros sinais de dificuldades e estratégias de diferenciação pedagógica”.
Segundo o CNE o actual sistema que obriga o aluno a repetir o ano em caso de uma avaliação negativa dos seus conhecimentos, penaliza exclusivamente o aluno e as famílias numa altura em que a escola tem de partilhar a responsabilidade pelo insucesso. “Há alunos que acumulam insucessos em anos educativos, ficando desenquadrados nas turmas em que são colocados e, em muitos casos, não encontrando alternativas a não ser o abandono”, diz o documento que frisa que o aluno é penalizado por uma falha do sistema.

Ana Maria Bettencourt, relatora da recomendação do CNE, lembra ainda que, segundo estudos da OCDE, as dificuldades dos alunos portugueses prendem-se na maior parte das vezes com graves problemas a nível sócio-económico e que os alunos não encontram na escola uma saída para os seus problemas.

Comentário do autor dos post:

Conheço a Ana Maria Bettencourt há mais de 25 anos. É uma mulher voluntariosa e bem intencionada mas esteve sempre do lado errado da barricada em tudo o que diga respeito à educação. Foi ela a mãe de uma das maiores inutilidades pedagógicas do sistema educativo português: as Actividades Curriculares Não Disciplinares. Nunca a vi defender uma proposta sensata em Educação. Nunca a vi defender a primazia dos conteúdos face ao discurso oco das competências vazias. Nunca a vi defender o reforço dos conteúdos funcionais relacionados directamente com o ensino. Esteve sempre comprometida com as políticas educativas do PS. Foi conselheira para a Educação de Jorge Sampaio. É uma veterana do Conselho Nacional de Educação. Há mais de 25 anos que a oiço dizer que as reprovações não resolvem problema nenhum e que a escola e os professores têm de dar respostas aos problemas que os alunos trazem de casa. Sempre o mesmo discurso: a culpa é dos professores que não sabem ensinar, que desvalorizam a cultura materna dos alunos, bla´, blá, blá...Sempre a mesma retórica a desresponsabilizar os alunos e a tratá-los com indigentes intelectuais e coitadinhos. Sempre a mesma defesa de um paradigma de escola assistencialista e de uma perspectiva do professor assistente social.
Quanto ao CNE, apenas meia dúzia de palavras. Fui membro do Conselho Nacional de Educação na década de 90, durante 3 longos e penosos anos. Fui membro do CNE por indicação das associações pedagógicas. Aceitei porque não sabia o que aquilo era. Verifiquei depressa que aquilo era um órgão inútil, repleto de individualidades (membros de partidos, dos sindicatos, das associações de pais e personalidades do mundo das ciências da educação) há muito tempo afastadas das escolas. O que caracterizava aquela gente era, naquela altura, a insensatez das propostas, a defesa do experimentalismo pedagógico, o discurso anti-conteúdos e a retórica do aluno coitadinho, a quem tudo se desculpa e nada exige. Fugi de lá logo que pude e nunca mais voltei.


Meu comentário:
Leio, e não quero acreditar, as sucessivas entradas do blog de Ana Maria Bettencourt há muito tempo. Está lá tudo aquilo co que não concordo e que designo deliberadamente por eduquês: a desresponsabilização dos alunos, a culpabilização dos professores, o romantismo construtivista, o experimentalismo pedagógico, o espírito missionário da docência, o apelo ao multiculturalismo (sinónimo de uma profunda ignorância filosófica e de um lamentável anacronismo conceptual), a defesa do relativismo moral, a deificação da Escola Moderna, o ódio aos exames, a lógica da panelinha, em que todos se protegem uns aos outros. Enfim, tudo aquilo que é verdadeiramente detestável em matéria de educação.

Quem quiser que os ature.

30/10/2008

Resistências!

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26/10/2008

Loucura ou maldade?

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Salvador Dali


Que o diploma sobre a avaliação docente é um verdadeiro monstro burocrático já todos constatámos. Que a esse monstro foram sendo implementadas mais cabeças, com os diferentes despachos e memorandos que lhe foram sendo anexados, em nome da regulamentação do monstro, transformando-o numa hidra de Lerna, também já todos nos apercebemos. Que os serviços intermédios do ME, com as suas estranhas interpretações, ainda, o “amostrenguem” mais, também já todos sabemos.

Que entre nós ainda consigamos aprimorar o “bicho” tornando-o ainda pior do que é, é que já ninguém entende.

Espanto-me, cada vez mais, como alguns elementos de uma classe diferenciada, portadora das mais altas habilitações académicas, revela a sua total iliteracia quanto à leitura, interpretação e aplicação de simples articulados de uma legislação.

Que a maioria das leis são mal redigidas é uma verdade. Que a maioria das leis são dúbias é outra verdade. Que nós não somos juristas também é verdade.

Por isso, o que temos que fazer é, apenas, ler. Ler como quem lê um texto. Ler, analisar e aplicar. Não temos que inventar. Não temos que devanear sobre… Não temos que inventar sobre…

Também sabemos que o considerar os resultados dos alunos, como um dos pontos chaves desta avaliação, é um dos maiores erros do monstro. Todos estamos cientes de que este item apenas visa a obrigatoriedade de mostrar resultados para as estatísticas e não o melhorar do ensino e ou da aprendizagem. Por isso mesmo, ainda se torna mais compungente o resultado da criatividade de que enfermam alguns “artistas grelhadores”.


Vejamos o que diz o 2/2008 sobre a relação entre: os resultados dos alunos, a definição de objectivos individuais a auto-avaliação e a avaliação do Presidente do Conselho Executivo (e onde me refiro a resultados dos alunos poderia referir abandono):

Quais são os elementos de referência para a definição de objectivos individuais?

Os objectivos individuais são formulados tendo por referência os seguintes itens:
A melhoria dos resultados escolares dos alunos;
(…)


Quais são os elementos de referência para a avaliação? *

A avaliação do desempenho tem por referência:
a) Os objectivos e metas fixados no projecto educativo e no plano anual de actividades para o agrupamento de escolas ou escola não agrupada;
b) Os indicadores de medida previamente estabelecidos pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada, nomeadamente quanto ao progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e a redução das taxas de abandono escolar tendo em conta o contexto socioeducativo.

* Reiterados neste ponto que consigna as competências da Comissão de Coordenação da Avaliação do Desempenho:

Os objectivos fixados e os resultados a atingir pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada no âmbito do respectivo projecto educativo ou plano de actividades são considerados pela comissão de coordenação da avaliação do desempenho no estabelecimento de directivas para uma aplicação objectiva e harmónica do sistema de avaliação do desempenho.

Que diz sobre a auto-avaliação?

A ficha de auto-avaliação é entregue aos avaliadores em momento anterior ao preenchimento, por estes, das fichas de avaliação, constituindo elemento a considerar na avaliação de desempenho mas não sendo os seus resultados vinculativos para a classificação a atribuir.

A ficha de auto-avaliação deve explicitar o contributo do docente, durante o exercício das suas funções, para o cumprimento dos objectivos individuais fixados, em particular os relativos à melhoria dos resultados escolares obtidos pelos seus alunos.

Para o efeito da parte final do número anterior o docente apresenta, na ficha de auto -avaliação, os seguintes elementos:
a) Resultados do progresso de cada um dos seus alunos nos anos lectivos em avaliação:
i) Por ano, quando se trate da educação pré -escolar e do 1.º ciclo do ensino básico;
ii) Por disciplina, quando se trate dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;
b) A evolução dos resultados dos seus alunos face à evolução média dos resultados:
i) Dos alunos daquele ano de escolaridade ou daquela disciplina naquele agrupamento de escolas ou escola não agrupada;
ii) Dos mesmos alunos no conjunto das outras disciplinas da turma no caso de alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;
c) Resultados dos seus alunos nas provas de avaliação externa, tendo presente a diferença entre as classificações internas e externas.

Além dos referidos no número anterior, pode o docente apresentar outros elementos (…) que permitam comprovar o seu contributo para o progresso dos resultados escolares dos alunos, a redução das taxas de abandono escolar e a apreciação do respectivo contexto socioeducativo
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E sobre a avaliação realizada pela direcção executiva?

Na avaliação efectuada pelo órgão de direcção executiva os indicadores de classificação ponderam o seguinte:
Progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e redução das taxas de abandono escolar, tendo em conta o contexto socioeducativo — aprecia os dados apresentados pelo docente na ficha de auto-avaliação os quais são objecto de validação pelos avaliadores;


Como é possível que lendo o mesmo que eu li (e transcrevi) haja quem seja capaz de fazer uma ficha de registo de avaliação do PCE, como esta?

http://www.scribd.com/doc/6431579/Peninsula-Setubal-Fichas


Ou uma ficha de definição de objectivos individuais, como esta?

http://www.scribd.com/doc/6499599/Grelha-Objectivos-Individuais-2o-e-3o-Ciclo-1

Ou seja obrigado, como noutra que eu conheço, a, na ficha de objectivos individuais, indicar a média de cada turma no ano anterior e a definir objectivos de manutenção ou superação dessas médias (indicando critérios de êxito/superação), não tendo em conta se a turma era do professor, se as notas/níveis foram resultado de subida por votação em conselho de turma, se existem alunos novos na turma, etc.

Ou ainda como noutra, em que foi definida uma determinada média de sucesso por ano de escolaridade e “foi decidido” que se, por acaso existe uma turma mais fraca, outra turma desse ano, que seja melhor, tem que compensar a média (“ganhando” o seu sucesso e mais o sucesso que a outra não conseguir, para cumprir a média).

Só posso dizer que não são os deuses que devem estar loucos, mas sim os humanos! Neste caso específico, alguns humanos-professores!

Será assim tão difícil perceber o que está escrito?

Será difícil perceber que a escola/agrupamento (departamentos e conselho pedagógico) propõe uma meta de consecução de resultados, quer seja em % de redução do insucesso, quer seja em % de aumento do sucesso, que essa meta estabelecida a nível de escola/agrupamento (em geral, ou considerando excepções em determinadas disciplinas que pensem não conseguir atingir a % proposta)
deverá constar do Projecto Educativo e que todos os professores deverão trabalhar com os seus alunos para essa meta?

Será difícil perceber que o que se pretende é a melhoria dos resultados, através da redução/aumento da média do insucesso/sucesso obtida na globalidade dos alunos/disciplinas/anos de escolaridade,
em função da tal % estabelecida no PE, e não em cada um per si?

Será difícil perceber que só no final é que o professor, na sua auto-avaliação deve fazer a análise, em função dos diferentes itens contidos na ficha de auto-avaliação, justificando aí o seu trabalho neste item? E que será a partir dessa análise que o PCE considerará se houve ou não cumprimento do objectivo neste campo?

Será tão difícil perceber que o professor não pode trabalhar em função de uma média de turma, pré-definida, garantindo que a terá de manter, ou melhorar? É isso que se pretende, mas as circunstâncias variam de ano para ano.

Será difícil perceber um professor não pode definir como objectivo individual o número de 2, 3, 4 ou 5 que vai dar no final do ano… e muito menos ser penalizado porque em vez de cinco 4, e três 5, deu sete 4 e um 5?

Será difícil perceber que um professor não é um fabricante de peças avulso cuja produção pode ser incrementada (… e mesmo aqui só até um certo patamar)?

E que dizer da “definição das médias” encontrada na 1ª ficha de que dou o link? E que dizer quando se considera que um professor é
excelente quando atinge uma progressão superior a 100%?

Só pode! Está tudo louco! Ou será que é mesmo, e só, maldade?
Esta ADD é impossível e mais impossível se torna quando os "grelhadores" atingem níveis de loucura que a tornam num inferno de que nem Dante se lembraria.

21/10/2008

Santana Castilho

20/10/2008

A educação no século XXI

Veja-se e reflicta-se(via Rerum Natura):













17/10/2008

Medina Carreira

Mais alguém que defende que estamos a formar hordas de semi-analfabetos.

16/10/2008

Magalhães, o Conquistador

Os adeptos das Ciências da Educação exultam. Nunca como agora um ME foi tão proactivo, tão centrado no aluno, tão pedagogicamente construtivista e colaboativo. Isto sim, são as novas maravilhas da educação. Os amanhãs que cantam ocorrem já hoje, nem que seja nos degraus de uma escada.



Professores fazem músicas de louvor ao Magalhães e colocam-nas no YouTube

Um grupo de professores coordenadores de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) a entoar melodias de músicas como Esta Vida de Marinheiro ou Grândola Vila Morena com letras de louvor ao computador Magalhães é o quê? Para Paulo Carvalho, que lançou a polémica na blogosfera, é "uma sessão de circo", algo "surreal" que prova que os docentes "tudo são capazes de fazer, mesmo o ridículo". Para o Ministério da Educação e para a multinacional Intel, que promoveram o evento, trata-se de uma acção de formação para aqueles a quem caberá ensinar os professores do 1.º ciclo do Ensino Básico a usar, nas salas de aulas, os portáteis oferecidos às crianças pelo Governo.Ao fim da tarde de ontem, Paulo Carvalho, professor da EB 2-3 de Castro Daire, dizia-se "estupefacto" com o impacte do texto publicado em http://paulocarvalhotecnologias.wordpress.com/, no qual descreve uma das cinco acções de formação de dois dias promovidas, de norte a sul do país, no âmbito do Plano Tecnológico de Educação. "Primeiro foi a Antena 1, e agora é só jornalistas a telefonarem-me!", exclamava o professor, que se apercebeu, também, de que, desde que fora escrito, a 29 de Setembro, o texto já tinha sido reproduzido em inúmeros blogues.Por aquela altura, mais de 12 mil pessoas tinham visto o filme que Paulo Carvalho colocou no YouTube com o título de Formação Magalhães e que diz ter "apanhado" durante "uma das actuações" dos professores "que mais aplausos arrancaram". Mas, à mesma hora, outros filmes concorriam com aquele. Como o que tem como título Sailling with Magellan PC e em que vários docentes, sentados nos degraus de uma escada, simulam remar, ao mesmo tempo que, entoando a melodia de Grândola Vila Morena, elogiam "um PC de encantar" que, "já não há volta a dar/veio para ficar". Num outro vídeo (Coordenador TIC), Esta Vida de Marinheiro serviu de inspiração aos professores que cantam assim sobre o Magalhães: "A trabalhar é um desembaraço/ para nós foi uma alegria/ para dar mais um passo/ com esta nova tecnologia".Como surgiram estas cenas no decorrer das acções de formação? É isso que explica Paulo Carvalho. "Três senhoras que tinham vindo expressamente dos States", conta, propuseram aos "200 professores" presentes em Cantanhede que inventassem "uma cantiga ao Magalhães e, se possível, com teatro à mistura". (...) "Tudo de 'útil' passou por aquele palco, até as náuseas me obrigarem a sair", comenta. Contactado pelo PÚBLICO, Nuno Martins, da Intel, explicou que as três pessoas a que se refere Paulo Carvalho são professoras, especialistas na utilização das novas tecnologias na sala de aula e no "método colaborativo". "Foi pedido àqueles pessoas, que vão formar professores do básico, que participassem numa actividade dinâmica, semelhante às que podem ser desenvolvidas na sala de aula por crianças de seis aos dez anos, usando como ferramenta o computador", explicou. Numa nota divulgada pelo Gabinete de Comunicação do Plano Tecnológico da Educação, sublinha-se que as acções constituíram, para os professores, uma "mais-valia". 850 coordenadores de Tecnologias de Educação e Informação participaram nas acções.

13/10/2008

Uma certa esquerda

Uma certa esquerda insiste nas ladaínhas do costume, com defesas teóricas de inanidades conceptuais cujo único destino possível é o cesto dos papéis. Depois de neste mesmo blog se ter mostrado quem são, afinal, os filhos de Rousseau e se ter denunciado a quem convém o actual estado de imbecilização da população, eis que outros começam a abrir os olhos e, oxalá, mostrar o caminho da tal esquerda.

A ler:
"Aprender a aprender: um slogan para promover a ignorância"
"O slogan «aprender a aprender» serve os interesses do capitalismo neoliberal e globalista"

Claro que muitos não querem que se lhes enfie isto pelos neurónios adentro. Para eles, o mais eficaz seria um clistér pelas orelhas. Esses, encostados a um sistema que os promove (onde? adivinhe o leitor...), preferem manter o silêncio antes que lhes descubram a careca.