21/11/2006

José Pacheco dixit

"Cansei-me de ver a comunicação social dar guarida a espertalhões que atingem o topo de venda de livros, criticando o "eduquês". Eu também o critico, porque muita da literatura das ditas ciências de educação não passa de literatura de cordel."

Se o homem o diz, quem sou eu para o criticar?

2 comentários:

Anónimo disse...

Não tem directamente a ver com este post, mas gostaria de recomendar a leitura de um artigo de opinião de Vasco da Graça Moura no DN de hoje,22 de novembro Repito com ele:ACUSO!

SL disse...

Acrescento ainda: não sou advogado de defesa de Nuno Crato e NÃO concordo com as "soluções" a que ele chegou. Mas acho imensa piada a todos os que se divertem a chamar "espertalhão", "fascista", "demagogo", "intelectual frustrado" a um indivíduo com o perfil do Nuno Crato. De facto, Nuno Crato "apenas" é licenciado em Economia, doutorado em Matemáticas Aplicadas, investigador durante longos anos nos EUA e professor associado do ISEG. OU seja, um burgesso semelhante ao Bruno Nogueira, pelo que presumo dos escritos dos génios portugueses. Parece ser uma característica nossa: sempre que alguém se destaca numa qualquer actividade e, ó sacrilégio!, ganha dinheiro com isso, eis que aparecem todos os génios da lâmpada, prontos para demonstrar que afinal eles, e só eles, são os verdadeiros intelectuais cá da praça. Sim, que isto de intelectuais é uma coutada reservada às gentes das letras, da prosa e da poesia, das expressões e das impressões. Os verdadeiros intelectuais são aqueles que conseguem ler cinco livros em simultâneo, dentre os quais o "Guerra e Paz" e a "Poesia Toda" pela enésima vez. Os verdadeiros intelectuais cheiram a caruncho e têm os punhos do casaco gastos pelos tampos das bibliotecas. Os verdadeiros intelectuais sabem recitar Derrida e Labarriére mas não sabem calcular o preço de duzentos gramas de fiambre.

Donde, o Nuno Crato é um imbecil e o país está cheio de iluminados.
Pois. Não se discutem as ideias; insultam-se aqueles de quem não gostamos. É mais fácil e demonstra até onde pode ir a genialidade humana.

Ainda sobre o Pacheco: é engraçado, muito engraçado que ele cite Agostinho da Silva. Faz-me rir até às lágrimas. Mas eu não sou um génio...