31/12/2005

Receita de ano novo

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Para você ganhar belíssimo Ano Novo

cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,

Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido

(mal vivido talvez ou sem sentido)

para você ganhar um ano

não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,

mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;

novo

até no coração das coisas menos percebidas

(a começar pelo seu interior)

novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,

mas com ele se come, se passeia,

se ama, se compreende, se trabalha,

você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,

não precisa expedir nem receber mensagens

(planta recebe mensagens?

passa telegramas?)

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Não precisa

fazer lista de boas intenções

para arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependido

pelas besteiras consumidas

nem parvamente acreditar

que por decreto de esperança

a partir de janeiro as coisas mudem

e seja tudo claridade, recompensa,

justiça entre os homens e as nações,

liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,

direitos respeitados,

começando pelo direito augusto de viver.

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Para ganhar um Ano Novo

que mereça este nome,

você, meu caro, tem de merecê-lo,

tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,

mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo

cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

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Vem aí um ano completamente novo, prontinho a estrear, prontinho a usar.

Que tenhas SAÚDE para o encher de AMOR … ALEGRIA … SONHO … MAGIA.

Usa-o bem para que tenhas um ano feliz.

:))))))) a todos

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19/12/2005

quisera ...

18/12/2005

Links úteis

A pedido de várias famílias (literalmente!), cá ficam alguns links que podem ser úteis a todos os colegas:
Alguém detecta por aí algum tipo de "fúria legislativa"?

17/12/2005

reuniões

em:
http://www.escolaridades.blogspot.com/

12/12/2005

Vale a pena ler

Este site tem muita informação relevante. Publicado por f... no fórum Educare.

11/12/2005

Lá como cá ...

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Laurent Lafforge nomeado no início de novembro (2005) para o "Haut Conseil de l'Education" demite-se no dia 21 do mesmo mês. Prestigiado matemático, professor permanente do l'Institut des Hautes Études Scientifiques, agraciado com diversas condecorações e prémios, pede a demissão, pressionado por M. Racine, presidente do HCE e por M. Seban, conselheiro do Presidente da Républica, para a Educação, em resultado da carta que lhes enviou sobre o estado da educação no país.
M. Racine considerou que "a violência apaixonada dos meus considerandos sobre o estado actual do nosso sistema educativo e sobre a responsabilidade das instâncias dirigentes da Educação Nacional, tornariam impossível um debate sereno no seio do HCE visando a construção de um consenso ou pelo menos de uma maioria sólida".
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Nessa carta, Lafforgue afirma:
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"(...) há já ano e meio que me interesso seriamente pelo estado da educação no nosso país - (...) - e cheguei à conclusão que o nosso sistema educativo público está a caminho da destruição total.
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Esta destruição é o resultado de todas as políticas e de todas as reformas conduzidas por todos os governos desde o fim dos anos 60.
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Estas politicas foram deliberadas, aprovadas, implementadas e impostas por todas as instâncias dirigentes da Educação Nacional, em especial pelos famosos experts da EN, o corpo de Inspectores (recrutado de entre os professores mais dóceis e mais submissos aos dogmas oficiais, (...) as direcções e corpo de formadores dos IUFM povoados pelos famosos didácticos e outros especialistas das chamadas ´ciências da educação` (...).
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Estas politicas inspiraram-se numa ideologia que consiste em deixar de valorizar o saber atribuindo à escola a prioridade de outros papeis que não os de instrução e de transmissão do saber, crença imposta por teorias pedagógicas delirantes, o desprezo pelas coisas simples, o desprezo pelas aprendizagens fundamentais, a recusa de ensinamentos construídos, explícitos e progressivos, o desprezo pelo conhecimento de base aliado à imposição de conteúdos confusos e desmesuradamente ambiciosos, a doutrina do aluno como “centro do sistema” devendo “construir ele próprio os seus saberes”.
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Esta ideologia conquistou igualmente as instâncias dirigentes dos sindicatos maioritários, começando pelo SGEN.
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Toda esta gente tem, hoje, um único objectivo: declinar a sua responsabilidade e mascarar, por todos os meios, a realidade do desastre.
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Não sei quais, de entre eles, (...) não participaram na loucura colectiva, nem quais os que participaram mas já deram conta das consequências dramáticas dos erros acumulados (…)"
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Compreende-se a preocupação de M. Racine!!!...
Vale a pena ler os documentos completos em:
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10/12/2005

Inspecção-Geral detecta excessiva mobilidade dos professores

Mais um estudo à medida das medidas supostamente autonomizadoras dos concursos dos professores. A ler com atenção, em conjunto com outras notícias. O cerco aperta!

08/12/2005

Nova proposta de Lei para os concursos

Consulte aqui.

Segundo a FENPROF,
* Os educadores de infância, os professores do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário, dos Quadros de Escola, só podem concorrer de 3 em 3 anos;
* Os professores dos 1º e 2º Ciclos do ensino Básico e do Ensino Especial, dos Quadros de escola, só podem concorrer de 4 em 4 anos;
* As afectações nos QZP, excepto quando os lugares não se mantiverem vagos, serão pelos mesmos períodos de tempo;
* Os destacamentos para aproximação à área de residência familiar são eliminados;
* Os horários até 12 horas serão preenchidos por oferta de escola;
* Permite a recondução por 3 ou 4 anos dos docentes dos QZP nos estabelecimentos onde já estão afectos este ano.

04/12/2005

o aproveitamento ...

"Uns pensam assim:" .... "outros, infelizmente, assim:" ...

in http://www.confap.pt/desenv_noticias.php?ntid=449
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Porque será?!
Não será, simplesmente, porque um É PROFESSOR ... e o outro NÃO???!!!
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Não suba o sapateiro acima da chinela...

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Já Apeles o dizia, e com toda a razão... mas neste país todos sabem de tudo.

Mais uma vez, Daniel Sampaio vem esgrimir armas em terra que não conhece. Terá este senhor, alguma vez na vida, vivenciado a escola real, com alunos reais, durante um período de tempo suficiente para apreender o contexto escolar e formar dele uma imagem que se coadune com a realidade vivida pelos professores? ... fazer extrapolações do estudo de casos clínicos partindo daí para uma generalização de conceitos não levará a um erro de diagnóstico? ... medicamentar a partir desse diagnóstico não irá conduzir a um "matar do doente"?
É isto que este sr tem feito continuamente, imiscuindo-se num assunto que não domina, falando de situações que não conhece, argumentando com frases ocas que revoltam a maioria dos professores ... no entanto tem acesso aos OCS e permite-se comentar o que lhe apetece...
Leiam o último texto publicado na revista xix e digam-me se nas escolas por onde andam, por onde andaram, algum professor escreveria o que lá está escrito como sendo correspondência entre dois professores ... que professor diria, neste "agora" "fiz greve para não dar nas vistas"! ... que professor diria outras "pérolas" que por lá se lêem? ... (o melhor mesmo é lerem o texto e dizer de vossa justiça...)
Enfim ... gostaria de ver a reacção deste sr e de outros, que se arvoram o direito de falar sobre o que não sabem, se um de nós começasse a publicar artigos sobre o processo que se deve usar no tratamento de um doente bipolar, ou sobre qualquer outro tema do âmbito da profissão de todos os que nos criticam...
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01/12/2005

Três professores de Física recebem prémio Rómulo de Carvalho

A Sociedade Portuguesa de Física distingue sexta-feira três professores que se destacaram no ensino da Física com o prémio Rómulo de Carvalho, no valor de cinco mil euros.

Inserida no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Física, a iniciativa destina-se a "galardoar excelentes professores de Física do ensino básico e secundário".

Os prémios serão entregues sexta-feira, às 12:00, no edifício da Alfândega do Porto, aos docentes Alexandre José Costa Ferreira, da Escola Secundária de Loulé, Ana Carla Campos, da Escola Secundária D. Afonso Sanches, em Vila do Conde, e Regina dos Santos Sousa Gouveia, da Escola Secundária Carolina Michaelis, Porto.

O júri do galardão foi presidido por Manuel Fernandes Thomaz, professor jubilado da Universidade de Aveiro, e incluiu ainda Maria Odete Valente e Augusto Barroso, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A distinção tem o nome do professor, pedagogo, divulgador científico, historiador da ciência e da educação Rómulo de Carvalho, igualmente conhecido pela sua faceta de poeta, em que assinava com o pseudónimo António Gedeão.