20/10/2005

Quem aprende mais?

Filhos de pais ricos melhores alunos

Há uma forte relação entre o nível sócio-económico-cultural e o desempenho escolar dos alunos. Esta foi uma das conclusões a que chegou um estudo feito ao longo de cinco anos em 31 escolas com ensino secundário. Durante a apresentação dos resultados, os investigadores criticaram a organização de listagens - vulgarmente conhecidas por "rankings" - das escolas secundárias que serão divulgadas depois de amanhã, por constituirem a imagem mais "liofilizada e ignorante" que se pode ter sobre o que é uma escola.

Em 31 escolas - 18 públicas e 15 privadas - foram aplicadas mais de 187 mil provas por ano, sendo mais de 70 mil de conhecimento e e as restantes de opinião, conhecimento e valores.

No que concerne ao aproveitamento escolar dos alunos, ficou constatada a existência de uma forte relação entre o nível socio-economico-cultural no desempenho dos alunos. O que demonstra que a origem social dos jovens explica as diferenças do sucesso obtido por eles.

Também a análise dos vários tipos de raciocínio dos alunos (numérico, verbal e abstrato) permitiu concluir que quanto maior é o contexto socio-economico-cultural maiores são os resultados.

Acrescente-se ainda:

As capacidades de raciocínio dos alunos portugueses são as mesmas de há 20 anos. A aplicação de um inquérito em 33 escolas, no âmbito do programa AVES - Avaliação do Escolas com Ensino Secundário -, demonstra que não houve evolução no nível intelectual dos estudantes desde 1985. Este trabalho, que está no terreno desde 2000, avalia ainda outros factores, nomeadamente os conhecimentos adquiridos pelos alunos a matemática e português. E, contrariamente ao que se poderia pensar, os estudantes do 7º ano e 9º ano sabem mais hoje do que há três anos.

1 comentários:

Maria Lisboa disse...

há quantos anos vêm os professores explicando isto?