8.30 numa escola deste país adormecido. Falta um professor e os alunos são intimados pela funcionária a aguardar por um professor substituto. Este chega mas os alunos desertaram todos. Isto aconteceu na quinta feira e ainda hoje estou apensar na lição que aqueles putos nos deram. Será que ninguém vê qual o caminho? Será que os Sindicatos estão acorbadados e não sabem que se pode fazer uma greve por tempo indeterminado a horas extraordinárias?Lamento ver os sindicatos mais preocupados com a aposentação e com a redução os seus quadros.
Ninguém se lembra de gritar bem alto para toda a gente ouvir (inclusive aquele escritor equatoriano que tem coluna no jornal público à sexta, e que, já agora, demonstra uma ignorância atroz sobre a nossa actividade profissional) gritar, dizia, que a componente não lectiva NÃO É UM PRIVILÉGIO, É TEMPO DE TRABALHO EFECTIVO. Sem essas horas de trabalho (realizado na escola ou em casa) não há ser humano (nem o tal equatoriano) que consiga dar aulas com qualidade. Gritem.
Ninguém se lembra de gritar bem alto para toda a gente ouvir (inclusive aquele escritor equatoriano que tem coluna no jornal público à sexta, e que, já agora, demonstra uma ignorância atroz sobre a nossa actividade profissional) gritar, dizia, que a componente não lectiva NÃO É UM PRIVILÉGIO, É TEMPO DE TRABALHO EFECTIVO. Sem essas horas de trabalho (realizado na escola ou em casa) não há ser humano (nem o tal equatoriano) que consiga dar aulas com qualidade. Gritem.
4 comentários:
As aulas de substituição terão que ser postas em causa pelas bases! Se tiverem aulas de substituição não façam NADA!! Se possível instaurem um clima pró militar em que o ambiente se torne irrespirável...mandem os alunos para a rua se eles respirarem mais alto! Pode ser que assim os meninos se queixem aos paizinhos, à CONFAP, à Ministra e se veja o absurdo que são essas aulas!
Já está provado que a nós ninguém nos ouve...sendo assim porque não arranjarmos outras formas de pressão? Afinal a CONFAP e as Associações de alunos podiam tornar-se bons aliados! Bem hajam esses alunos! Os meus alunos se eu tiver que faltar farão seguramente o mesmo! Podem acusar-me de conspiradora! Sou memso! Mais do que nunca! Revoltei-me...
Esta questão das aulas de substituição merece reflexão e que se esclareçam normas de actuação, de forma a que não se transformem em meras aulas de ocupação dos alunos.
Por agora, a melhor ou pior forma de concretrização destes blocos depende da organização das escolas e da capacidade de actuação dos professores. Mas, há que admitir que o Ministério da Educação avançou com esta medida, sem ponderação, nem fundamentação correctas...
Urge que o Ministério da Educação admita o erro e mude a sua estratégia de actuação.
Professores cansados e irritados por estarem horas sentados em salas à espera de nada ou em aulas de substituição que apenas os desgastam são professores fartos, como já disse, e professores fartos ficam sem disponibilidade mental para dar as aulas que contam! Isto para não falar do "enfartamento" que os alunos irão sentir!Repito o que já referi noutro local: a escola vai ficar doente e a qualidade de ensino degradar-se-á consideravelmente.
No que depende de mim, já se degradou.
Como alguém já disse: estamos a fazer o velório do ensino público.
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