Bom, antes do tempo previsto vou explicar aquilo que acredito ser o melhor para a carreira docente.
Todos os professores devem, por princípio, ganhar o mesmo. A diferenciação salarial deveria fazer-se de 4 em 4 ou de 5 em 5 anos em função da obtenção de méritos por parte do docente: mestrados, pós-graduações, cursos de especialização, exercício de funções no ensino superior/universitário,trabalho reconhecido em grupos de estudos e associações profissionais, orientação de estágio, etc. Em cada período de 5 anos se algum(ns) deste(s) critério(s) for(em) correspondido(s), o seu vencimento aumenta cumulativamente; caso contrário, mantém-se durante esse período de 4/5 anos. Este sistema premeia o mérito e reconhece a antiguidade: quanto mais tempo de serviço tiver um docente, maior é o seu vencimento.
Acabam-se as acções de formação: são inúteis e apenas servem para encher os bolsos a uns quantos (dispenso-me de dizer quem).
Tal regime renumeratório deveria aplicar-se apenas às novas vinculações e não aos professores pertencentes aos actuais quadros; e o salário de base seria equivalente ao do actual 7º ou 8º escalão.
17/09/2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
12 comentários:
O salário base o do actual 7º escalão.
Vou dar de barato a minha inveja por não entrar agora em tal carreira.
:)
Apenas lhe garanto que com a lógica que preside às actuais mudanças, nem por sombras isso poderá ser considerado.
Não se iluda: o aumento prometido para os "novos" não passará de 10 ou 15 pontos no 1º índice da carreira.
Quanto ao resto - a distinção pelo mérito - só será aceite quanto contarem as cabeças e chegarem á conclusão qual é o critério que elimina mais gente de a ele aceder.
Fala está congelado no 7º escalão, após mais de 15 anos de carreira, Mestrado (dos antigos) e essas outras coisas todas incluídas.
"Fala quem está..." (é da hora, eu já devia estar a sonhar com as aulas de amanhã...)
Pedir não custa! (ou, como se diz cá em cima, "quem não chora não mama!")
Nem estou à espera que seja aprovado um sistema semelhante. A ideia é cortar, cortar, cortar - excepto nos vencimentos dos próprios governantes. Mas parece-me um sistema bem mais justo do que o actual.
Discordo, em geral. Creio que essa via é que vai engordar as máfias das universidades privadas. Que diferença há entre aulas dadas porum professor licenciado e um doutorado? Ora, se se provar que um doutorado tem mais sucesso, devia proibir-se o licenciado de ensinar. Ou seja o licenciado só daria aulas ao 1.º ciclo, o mestrado ao 2.º, o doutorado ao 3.º e o pós-doutorado ao secundário. Mas em escalões de entrada diferentes, claro. A verdadeira avaliação do professor faz-se no dia-a-dia.
Numa coisa concordo, porém: as acções de formação são ridículas.
Gostava de partilhar uma informação que me veio parar às mãos: quem está a fazer "complemento de habilitação" (caso dos mestrados e doutoramentos) não tem as carreiras congeladas, pelo menos não dentro de certas condições. Por isso recomenda-se consulta às DREs de cada um, porque as escolas não estão informadas destes pormenores.
Não sei pormenores ( por exemplo, se é preciso ter começado o mestrado/doutoramento dentro de certos limites de tempo específicos) mas sei de uma colega que acabou o mestrado em JUHNO e já saltou de escalão, apesar de na escola lhe terem dito que "estava tudo congelado". espero que alguém ainda tire proveito da informação!... ;)
Caro Prof24, por favor, não confunda investigação com ensino! Não confunda ensino superior com ensino secundário! Com um sistema desses não era possível avaliar o professor enquanto tal, a única coisa que avaliaria seria a sua capacidade enquanto investigador. Concordo que o professor deve ter formação de actualização científica anualmente, como já defendi anteriormente, mas nunca dessa forma. Concordo que o professor doutorado tenha um vencimento superior ao de um mestre e este ao de um licenciado, mas apenas isso! E atenção, NUNCA em "ciências" da educação!!
Caro eduquês,
Para não tomar a parte pelo todo, correndo o risco de cair em generalizações precipitadas, diga-me por favor com quais destes critérios de evolução na tabela de vencimentos não concorda:
1. Idade
2. Frequência de acções de formação
3. Obtenção de mestrado ou doutoramento
4. Obtenção de uma segunda licenciatura
5. Frequência de cursos pós-graduados, tais como cursos de especialização, de pós-graduação e frequência livre de disciplinas específicas de cursos superiores
6. Exercício de cargos directivos: Conselho Executivo, Conselho Pedagógico, Assembleia de Escola, (...)
7. Exercício de cargos pedagógicos: orientador de estágio
8. Publicação de livros de reconhecido interesse didáctico
9. Experiência de leccionação no ensino superior
10. Experiência de leccionação das disciplinas de didáctica
11. Participação em grupos de investigação
12. (...)
O que afimei foi que a ACUMULAÇÃO de alguns destes factores cumpridos em ciclos de 5 ou 6 anos levaria a um aumento da remuneração que seria ao mesmo temo relacionado e independente da idade. Assim, um professor que inicie a carreira com 40 anos pode passar imediatamente para um escalão de vencimento superior; e um professor que nunca faça nada ao longo da vida profissional, fica sempre no patamar mais baixo dos índices de vencimento.
É uma proposta co a qual concordo em termos genéricos. Bem melhor do que acontece actualmente e muito melhor que a proposta ministerial...
Caro prof24, depois de ler os seus esclarecimentos posso afirmar que concordo com a sua proposta. Muito bem.
Agradeço os cumprimentos, mas isto nem chega a ser uma proposta. Seria necessária a regulamentação de cada um daqueles pontos que citei e eventualmente a retirada de alguns (por mim, retirava os pontos 1 e 2 por razões óbvias). Gostaria que quem tem poder para decidir o nosso futuro o fizesse de forma profissional e competente. Infelizmente, não é isso que vemos.
e, acrescento: a redução da componente lectiva deve ser proporcional à idade.
Enviar um comentário