26/10/2005

Para ler

Um artigo sobre as opiniões pedagógicas de Nuno Crato (devo dizer que assino por baixo aquilo que diz Nuno Crato); as críticas que não li ao artigo que não quis ler de Miguel Sousa Tavares; uma muito curiosa partilha de experiências de professores europeus sobre o número de horas de trabalho em cada país - e não, não apareceu lá nenhum finlandês a reclamar que passa 50 horas na escola :). Para terminar em beleza, um artigo que questiona as "Ciências" da Educação e um outro sobre os paradigmas pós-modernaços.

4 comentários:

Rui Areal disse...

Julgo que ogrande problema que se coloca a quem fala de qualquer coisa é a ignorânica de facto. E o tal escritor equatoriano que o prof24 refere e que eu tenho vergonha de nomear, bem como os mestres de ciências da educação, demonstram uma óbvia ignorãncia de facto sobre as questões reais da educação. Saber educar é saber colocar um aluno insurrecto a interpretar um texto de Descartes ou uma fórmula química. E não há nenhum livro que nos ensine isso. Muito menos o tal escritor.
O outro esritor ocasional sobre educação que tem nome de convento também já disse enormidades. Não só sobre educação, mas também sobre a ciência, que suponho seja o seu habitart natural. É consultar o arquivo do expresso e ver. A incompetência devia pagar multa. Estava a nossa classe mais limpa da escumalha que por cá anda, e nós livres destas bestas que julgam ter as soluções para os NOSSOS problemas.

Anónimo disse...

Sobre "ciências da educação", William James dizia que a educação nunca poderia vir a ser uma ciência porque é uma arte...
Mas, ainda sobre o tema, há que lembrar quem usa o termo "ciências da educação" e quem o recusa. Por exemplo, o velado mas firme litígio entre a FCUL que tem um departamento "de Educação" (em que se fazem pós graduações, mestrados, etc, mas para retirar os contributos que a investigação por exemplo em psicologia do desenvolvimento, psicologia da aprendizagem, psicologia cognitiva, etc, etc dão aos educadores/professores), litígio, dizia, com a vizinha FPCE. Esta escreve nos diplomas "Mestrado em Ciências da Educação, área x", enquanto que a 1ª recusa o termo e escreve apenas "... em Educação, ...". Parece não fazer grande diferença, mas faz porque tem uma recusa de fundo a distinguir.

SL disse...

Concordo inteiramente com o abandono da expressão "ciências" da educação. Em primeiro lugar, porque sabe quem estudou ciências que de científico os estudos humanísticos não têm nada; em segundo lugar, porque o uso do termo "ciências" não passa de um preconceito positivista, uma ves que um estudo académico, como os estudos humanísticos, não precisam de usar a designação "ciência" para serem um estudo sério e profícuo. Logo, não é por deixarem de usar a designação de "ciência" que se tornarão menos importantes ou com menor estatuto epistemológico.

SL disse...

CORRECÇÃO: "vez" e não "ves", como é evidente. Fugiu-me o dedo para onde não devia. As minhas desculpas pelo lamentável,abominável e inestético erro ortográfico.