02/07/2005

A Ministra disse...

Disse muitas coisas, ainda que não a tenha ouvido no Parlamento nem visto na RTP. Disse que os estágios são "um gritante desperdício" e que é "esquizofrénico" estar a pagar a jovens sabendo que nunca o Estado irá precisar deles. «Muitos vieram enganados na expectativa de terem uma profissão num campo de actividade que não tem mais saída, mas isso lamento. Não podemos é continuar a alimentar as expectativas dos jovens, que pensam num futuro imediato como professores, quando sabemos todos que não vão ter», acrescentou.

De resto, anunciou aquilo que parece ser a fusão dos Quadros de Escola e Quadro de Zona num único critério de ordenação. Sobre contratados e desempregados, nada mais há a registar, motivo pelo qual apenas posso recomendar este link, com uma reflexão muito bem conseguida disponibilizada por f..., participante do fórum Educare.

1 comentários:

Anónimo disse...

Se foram enganados alguém os enganou. Talvez uma classe política enferma de uma mentalidade miserável que acredita que pode resolver todos os males do país se enviar para a fogueira os funcionários públicos. Era suposto que as políticas miserabilistas dos nossos governantes de hoje e de ontem não enganassem ninguém. Tenta-te desviar a atenção da incompetência, da cupidez e estupidez. O país estava "de tanga" ou nú, ou o que seja, pois é. Ninguém faz milagres mas que exista a coragem de assumir responsabilidades e não de encontrar bodes expiatórios.
Não creio que a situação vá melhorar. Miséria gera miséria e o corte naquilo que é fundamental; a educação, a saúde e a justiça só vai continuar a permitir que o fosso entre o nosso país e o resto da Europa aumente. Poupam-se (dizem eles) uns tostõezitos (digo eu) em detrimento de uma qualidade de vida que até já deixou de existir. Pelo menos para a maioria. Sem qualidade de vida como se pode aspirar a qualidade do pensamento? Trabalha-se e vive-se mal. Mas sonha-se...Afinal, não foram os portugueses talhados para a emigração e para servir o resto do mundo? Sempre cidadãos de 2ª? Empurrados e esquecidos pelo seu país? Para quê a procupação com a nossa gente, para quê educá-los, vê-los saudáveis e felizes, capazes de competir? Será que o país ganhava alguma coisa com isso...? Se formos a ver, ser-se invisível no estrangeiro até nem é tão grave. É bem mais triste ser-se de 2ª ou 3ª e esquecido no seu próprio país.