29/07/2005
Mais emprego?
A Senhora Ministra da Educação anunciou a criação de 3000 novos empregos com o fim das acumulações. Convirá esclarecer que a medida é, obviamente, benéfica para os contratados e desempregados; eventualmente poderá até ser considerada moralizadora do ensino público, embora tal seja disputável. No entanto, falta esclarecer que o que está em causa são empregos, sim, mas empregos de seis ou nove horas semanais - ou seja, vencimentos de 250 a 350 euros. Para quem está empregado é melhor do que nada, mas convém não esquecer que o ordenado mínimo nacional está acimadesses valores. Por outro lado, convém não esquecer que o mesmo Ministério vai promover um despedimento em massa de professores com a "redistribuição" dos horários dos professores. Entre o deve e o haver...
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3 comentários:
Acho que estás a ser muito benovolente... As pessoas ficam limitadas no número de horas que podem acomular (o que concordo obviamente)... mas isso não significa que o vão deixar de fazer... ou seja... acho que os horários que aparecerem não devem ser maiores de 6 horas... pelo contrário... acho que o mais provável é que os colégios perguntem a quem já lá acumula se conhece algum colega que lá possa ir fazer as horas que ele próprio deixa de poder realizar
Acho que estás a ser muito benovolente... As pessoas ficam limitadas no número de horas que podem acomular (o que concordo obviamente)... mas isso não significa que o vão deixar de fazer... ou seja... acho que os horários que aparecerem não devem ser maiores de 6 horas... pelo contrário... acho que o mais provável é que os colégios perguntem a quem já lá acumula se conhece algum colega que lá possa ir fazer as horas que ele próprio deixa de poder realizar
Pois, também me parece. Além disso, as horas podem ser encapotadas - toda a gente sabe disso, não é? Dá-se 12 horas e assina-se o recibo de seis. Quem assina os livros de ponto, isso é outra questão. E há sempre a possibilidade de atribuir essas horas a vários professores em regime de recibo verde, tal como se faz na formação profissional. No entanto, alguns colégios com mais qualidade vão dizendo que preferiam os velhos tempos, em que tinham um corpo de docentes próprio.É que a qualidade paga-se, e os melhores não se importam de o fazer...
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