16/09/2005

Insultos?

Desculpem o desabafo desordenado, mas será que os professores não podem usar os adjectivos fascista e mentiroso relativamente a um governo que:
a) os impediu ilegalmente de fazer greve;
b) exigiu listas dos professores que, com coragem, e legalmente, fizeram greve;
c) está a aproveitar um processo de colocação de professores corajosamente encetado pela ministra Seabra do governo Santana Lopes (-volta, estás perdoada), sem nunca referir esse facto;
d) tem como secretário de estado um sujeito que se ri dos alunos e seus pais de Nisa. Sim. O tipo riu-se. Eu ouvi na TSF. Até o Carlos Magno (jornalista assumidamente socialista) na Antena1 referiu esse facto como uma falta de respeito inqualificável (ou talvez não... que tal... mmhhm ...fascista?) pelas pessoas de Nisa.
e) através do ministério da educação lançou uma campanha de descredibilização dos professores como nunca existiu em Portugal. Como se não bastasse a pouca consideração pública de que gozavamos. E apenas com objectivos de luta sindical: uma classe desvalorizada e mal vista não tem força junto da opinião pública. A seu tempo se verão as consequências disto.
f) ...

2 comentários:

Anónimo disse...

Totalmente de acordo! Os professores (e, consequentemente, alunos e associações de pais e pais e auxiliares de acção educativa e funcionários administrativos, enfim... escolas) nunca tinham sofrido tantos ataques desde, pelo menos, do 25 de Abril. E o ar sobranceiro com que a ministra vira as costas aos professores e com que o 1º ministro diz que a luta dos professores (que têm que gritar para ver se são ouvidos...) é um mau exemplo para os alunos não tem classificação!!! Depreendo que este Socrates, 1º ministro, acha um bom exemplo para os cidadãos deste país estar sossegadamente de férias no Quénia e telefonar 'pelo menos duas vezes' para o seu ministro da administração interna a perguntar estavam a decorrer as 'coisas' enquanto o país ardia literalmente. Com toda a certeza, ficou sem saldo no telemóvel, como dizia o outro...
Acham (o 1º ministro e ministra da educação deste país) também um bom exemplo para os cidadãos deste país utilizar o autoritarismo e o tal pulso de ferro de Salazar (esse mesmo, o ditador fascista), recusando o diálogo para resolver os problemas deste país. Vou passar a fazer o mesmo: 'quero, posso e mando'. E quando não agradar a alguém, vou defender-me, dizendo que estou apenas a seguir o bom exemplo do 1º ministro e da ministra da educação deste país e depois... mandem-me prender! As minhas principais testemunhas de defesa serão este Sócrates, 1º ministro, e esta Maria de Lurdes, ministra da educação, ambos ministros deste país. Penso, não terão a coragem de criticar um comportamento igualzinho ao(s) seu(s)!!!

M

Anónimo disse...

O 1ºMinistro e a Min. da Educação deveriam visitar algumas escolas, onde sobrevivem muitos professores.Aí podem finalmente conhecer a terminologia usada pelos alunos, para insultar aqueles que tiveram a infelicidade de serem colocados nesses guetos a quem alguns chama escolas.
Se querem conhecer a realidade escolar, se estão preocupados com o sucesso escolar passem a ouvir quem está na escola.